PMs e bombeiros pedem aprovação da PEC 300
Não é a primeira vez que a categoria realiza manifestações para cobrar a matéria. A PEC 300 já foi aprovada, por unanimidade, em primeira votação na Câmara Federal, em julho do ano passado, e ainda aguarda pela segunda votação, antes de ser sancionada pela presidente Dilma Rousseff (PT). Na tentativa de forçar a votação da matéria, policiais militares e bombeiros de todos os Estados já fizeram consecutivas mobilizações em Brasília para cobrar posicionamentos de suas bancadas na Câmara Federal.
O Piauí, segundo o vereador R.Silva (PP), saiu na frente pela aprovação da matéria. "O Estado já se tornou destaque devido à enorme participação dos militares", comentando que a proposta traria melhorias ao "tão defasado" sistema de segurança pública dos Estados. "Policiais bem remunerados representam aumento na qualidade dos serviços prestados", defende. Para o evento, deputados estaduais, federais e os três senadores do Piauí foram convidados a participar. O deputado federal Mendonça Prado (DEM/SE), relator da matéria na Câmara, também deverá participar do evento, juntamente com outros dois deputados federais que integram a Comissão de Segurança Pública da Câmara.
A votação da PEC 300 barra na argumentação de que os Estados não dispõem de recursos para arcar com os
custos da aprovação da matéria. Isso porque, pela PEC 300 soldados receberiam salários de R$ 3,5 mil, enquanto tenentes teriam salários no valor de R$ 7 mil. O valor é considerado alto pela classe política, sobretudo de Estados pobres como o Piauí. Atualmente, policiais militares piauienses recebem salários que variam de R$ 1,2 mil a R$ 2,2mil.
O vereador R.Silva, que articula o movimento, destacou que, durante o evento, quer o posicionamento da bancada piauiense e do governador Wilson Martins (PSB) em relação ao assunto. "O assunto foi muito discutido durante a campanha eleitoral e a segurança pública foi colocada como prioridade. Agora queremos cobrar que essa prioridade seja colocada em pauta e a segurança pública passa pela questão salarial", frisou.
R.Silva alertou que essa será a última caminhada que a categoria irá fazer. "Se não houver uma resposta positiva pela aprovação da PEC, faremos outro tipo de manifestação. O sentimento é de revolta pela protelação na votação da matéria", alertou, não descartando manifestações públicas mais incisivas. A categoria espera uma posição da Câmara até 5 de julho para evitar conflitos como o que ocorreu no Rio de Janeiro, onde mais de 400 bombeiros foram presos após protesto por aumento salarial. "A categoria está se sentido traída", justifica.
Fotos: Jaílson Soares / O DIA
- Fonte: Mayara Martins - Jornal O DIA
- Leia mais: PMs , bombeiros , PEC , 300 , aprovação , vencimentos , manifestação
Nenhum comentário:
Postar um comentário