Os Agentes Comunitários de Saúde de Timon estão realizando hoje,11, um dia de paralisação em protesto por direitos que a categoria reivindica junto ao governo municipal. Nessa manhã eles estiveram na avenida Paulo Ramos, em frente ao prédio das promotorias da cidade onde gritaram palavras de ordem, fizeram apitaço e através de carro de som proferiram discursos sobre suas condições de trabalho.
Os promotores da saúde e probidade, Sérgio Martins e o diretor geral da promotoria, Fernando Evelin, receberam uma comissão de membros dos agentes onde ouviram as reivindicações e cobranças da categoria.
Velhas reivindicaçõesAcima da esquerda para a direita, os promotores Fernando Evelin e Sérgio Martins ao receberam membros dos agentesDurante a reunião, os agentes relataram suas principais reivindicações como teste seletivo para novos agentes, adicional de insalubridade , incentivo financeiro para aquisição de protetor solar e liberação de licença prêmio a categoria.
Segundo o presidente do sindicato da categoria, Iglesias Alves, estas são reivindicações antigas cobradas há anos sem que os sucessivos governos anteriores tenham atendido.
Os agentes lembraram que todo ano a Secretaria Municipal de Saúde recebe do governo federal um incentivo financeiro a ser dado para os agentes pelo combate a dengue, mas há oito anos ele não é repassado a categoria. A última vez que receberam foi na gestão do ex-prefeito Chico Leitoa.
O incentivo deste ano já foi repassado a secretaria e até agora não foi pago.
O presidente do sindicato, Iglesias Alves, disse temer que a Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2014 que está prevista para ser votada na Câmara Municipal não contemple os profissionais e suas reivindicações.
Eles denunciaram que uma prática nociva que se arrasta há anos na administração municipal é nomeação de agentes administrativos para os postos de saúde, sendo que estes profissionais, em sua maioria,nem aparecem para trabalhar. Argumentaram que se o governo os demitisse sobraria dinheiro para pagar a insalubridade para os agentes.
Os agentes defenderam ainda que o governo municipal realize concurso público para os profissionais que trabalham nos PSFs, pois nas mudanças de governo são comuns também a substituição desses profissionais por falta de estabilidade no trabalho, trazendo prejuízos de continuidade para a comunidade que se acostumou com determinado médico, enfermeiro ou dentista.
Os dois promotores ouviram atentamente as revindicações e receberam um documento protocolado pelos profissionais com as principais cobranças da classe.
Após deixarem a promotoria, os agentes foram para frente da Câmara Municipal e neste momento estão em protesto na frente da prefeitura de Timon.